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Dos mesmos criadores de convidado não convida, vem aí: paciente não palestra.

  • Foto do escritor: Dani Arantes
    Dani Arantes
  • 23 de fev.
  • 4 min de leitura

Como o viés de disponibilidade pode arruinar o objetivo do seu evento.


Em um ambiente corporativo cada vez mais atento à saúde mental, a forma como o tema é abordado pode determinar o sucesso ou o fracasso dos programas de bem-estar em empresas e organizações. Este artigo explora o impacto do viés de disponibilidade – um fenômeno cognitivo explicado por Daniel Kahneman em Rápido e Devagar – e argumenta que a contratação de especialistas, em vez de relatos pessoais ou experiências de pacientes, é crucial para transmitir uma mensagem equilibrada e baseada em evidências. Além disso, destaca-se a sinergia entre a psicologia positiva e a psicologia organizacional como estratégias integradas para promover ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.


Nos dias atuais, a saúde mental ocupa um espaço central nas estratégias de desenvolvimento e gestão de pessoas dentro das organizações. No entanto, a escolha de palestrantes para abordar esse tema deve ser feita com cautela.

Sabe aquela história de superação daquele ator famoso que teve crises de ansiedade ou as dicas daquela apresentadora que passou por maus bocados ou ainda aquela famosa que teve depressão e entendeu como o autoconhecimento foi útil na jornada ela ? Eles podem inadvertidamente ativar um atalho mental chamado viés de disponibilidade.

Embora relatos pessoais e emocionais, por vezes, pareçam a escolha mais humana e empática, eles podem inadvertidamente ativar o viés de disponibilidade – um atalho mental que favorece informações vívidas e de fácil acesso à memória, distorcendo a percepção da realidade.


O viés de disponibilidade é um fenômeno cognitivo descrito por Daniel Kahneman em Rápido e Devagar, onde julgamos a probabilidade de eventos com base na facilidade com que exemplos vêm à mente. Em contextos corporativos, essa tendência pode levar os colaboradores a superestimarem os riscos e a gravidade dos problemas de saúde mental quando expostos a relatos isolados ou altamente emocionais. Assim, a contratação de palestrantes que compartilham exclusivamente suas experiências pessoais – por melhor que seja a intenção – pode resultar em interpretações distorcidas e até mesmo em um clima de insegurança dentro da empresa.


Embora os relatos pessoais tenham um forte apelo emocional, eles não fornecem a robusta base de dados e a contextualização necessária para embasar políticas eficazes de saúde mental.


  • Relatos Emocionais: São marcantes e podem deixar uma impressão profunda, mas correm o risco de ativar o viés de disponibilidade, levando à superestimação de problemas isolados.

  • Abordagens Baseadas em Evidências: Palestrantes especializados oferecem informações fundamentadas em pesquisas científicas, dados estatísticos e práticas consolidadas, promovendo uma visão realista e equilibrada dos desafios enfrentados.


A escolha por especialistas, portanto, garante que a mensagem transmitida seja não apenas empática, mas também precisa e alinhada com as melhores práticas da área.


A abordagem também interfere nos resultados:


A psicologia positiva concentra-se na promoção do bem-estar, na identificação das forças individuais e na construção da resiliência. Ao invés de focar apenas na patologia, ela estimula a superação e o reconhecimento das potencialidades dos colaboradores. Ou seja, a melhor abordagem é falar da saúde e não da doença. Por sua vez, a psicologia organizacional aplica esses princípios no ambiente de trabalho, promovendo:


  • Engajamento e Motivação: Ao reconhecer e valorizar as forças dos colaboradores, cria-se um ambiente mais engajado e produtivo.

  • Liderança Transformacional: Estilos de liderança que inspiram e desenvolvem equipes, fundamentados em práticas positivas e baseadas em evidências.

  • Cultura Organizacional Positiva: A integração dessas abordagens fortalece a cultura interna, transformando a comunicação e as práticas de bem-estar em verdadeiros diferenciais competitivos.


Ao unir os conhecimentos dessas duas áreas, as empresas conseguem transformar a boa intenção de promover a saúde mental em ações concretas, que previnem distorções cognitivas e criam um ambiente de trabalho mais seguro, saudável e resiliente.


A escolha de palestrantes para abordar a saúde mental nas empresas não deve se limitar a relatos emocionais que, embora bem-intencionados, podem ativar o viés de disponibilidade e distorcer a percepção dos colaboradores. Basear a comunicação em evidências científicas – conforme demonstrado por especialistas – é fundamental para garantir uma abordagem equilibrada e efetiva.


Ao integrar os princípios da psicologia positiva com as práticas da psicologia organizacional, as empresas não só promovem o bem-estar e a prevenção, mas também fortalecem sua cultura e aumentam a produtividade. Assim, investir em palestras conduzidas por especialistas é uma estratégia que transforma boas intenções em resultados positivos e duradouros.

Quem somos: Somos a mais completa agência de curadoria e gestão de conteúdo de palestras para eventos corporativos.


A primeira no segmento a se organizar fundamentada em suas competências essenciais: a descoberta e a reunião de conteúdo relevante, qualificado e inovador para atender a demanda cognitiva de empresas e organizações.


Converse com a gente no planejamento de suas ações de comunicação, treinamento e desenvolvimento de seus colaboradores.


Dani Arantes é Diretora de Atendimento da Connect.

É formada em Gestão Comercial pelo Senac, Pós Graduanda em Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas pela PUC e

Consultora em Responsabilidade Social Empresarial e Bem Estar Organizacional.

Possui certificação em Neurociência Aplicada ao Ambiente Corporativo, Gestão para o Desenvolvimento Humano e Gestão do Conhecimento e Inteligência Organizacional.



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