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Além da Resiliência: Por que Precisamos de Antifragilidade

  • Foto do escritor: Dani Arantes
    Dani Arantes
  • 13 de mar.
  • 3 min de leitura

Em um cenário corporativo repleto de buzzwords e fórmulas prontas, termos como “resiliência” têm sido usados de forma superficial em palestras e treinamentos. Embora o conceito seja emprestado da física – que se refere à capacidade de um material de retornar à sua forma original após uma tensão – sua aplicação no desenvolvimento humano e organizacional revela limitações e até distorções. Afinal, quando um briefing de um cliente pede “resiliência”, o que ele realmente precisa é de algo bem mais robusto: antifragilidade.


“Esse aí não aprendeu nada” porque, na verdade, ele simplesmente voltou ao mesmo ponto de partida.


Resiliência: Uma Metáfora Fora do Lugar


Na física, a resiliência é uma propriedade mensurável dos materiais. Ela indica a capacidade de absorver energia durante uma deformação e de voltar à sua forma original. Quando esse conceito é aplicado ao comportamento humano, a analogia se torna problemática. Pedir que alguém seja resiliente muitas vezes significa esperar que a pessoa “dê a volta por cima” e retorne ao estado anterior – como aquele colega que, após enfrentar um desafio, é criticado com um “esse aí não aprendeu nada” porque, na verdade, ele simplesmente voltou ao mesmo ponto de partida.


Quando o “Reset” Não é o Objetivo


Empresas, organizações e até indivíduos frequentemente associam desafios a oportunidades de aprendizado, desenvolvimento e aprimoramento. A expectativa não é reiniciar como se nada tivesse acontecido, mas sim evoluir. No entanto, ao se apegar à ideia de resiliência, muitas vezes se negligencia a riqueza dos processos transformadores que os desafios podem proporcionar. Essa visão mecanicista ignora que, na vida e nos negócios, a verdadeira evolução está em sair do estado anterior, reinventar-se e absorver as lições que cada crise traz.


Antifragilidade: Evoluir com os Desafios


É aqui que entra o conceito de antifragilidade, popularizado por Nassim Nicholas Taleb. Diferente da resiliência – que busca simplesmente restaurar o status quo ante – sistemas antifrágeis prosperam e se aprimoram com o estresse e as adversidades. Imagine uma organização que, ao enfrentar uma crise, não se limita a “dar a volta por cima”, mas transforma o desafio em uma oportunidade de inovação e crescimento. Essa abordagem é muito mais alinhada com o que o desenvolvimento humano e organizacional realmente exige. Afinal, voltar ao mesmo estado nunca foi sinônimo de progresso.


A Importância do Conhecimento Profundo


O que se vê com frequência são palestras que se apropriam de termos populares sem um entendimento aprofundado do que eles realmente significam. Termos como resiliência e, curiosamente, empatia, acabam sendo utilizados de forma rasa, sem refletir a complexidade de suas implicações no comportamento humano e na gestão organizacional. Se não esperamos que os colaboradores sejam resilientes apenas para retornar ao ponto de partida, muito menos devemos exigir que os líderes sejam “empáticos” de forma superficial. Essa postura revela uma falta de profundidade na abordagem dos desafios reais. Falaremos mais sobre essa provocação e suas implicações numa próxima oportunidade. 


Conclusão


Em um mundo que enfrenta desafios constantes e mudanças rápidas, não basta simplesmente voltar ao estado anterior. O verdadeiro diferencial está em transformar adversidades em oportunidades de crescimento – em ser antifrágil. Empresas e profissionais que se aprofundam nessa visão estão mais preparados para inovar e liderar em tempos de crise. Ao abandonar a superficialidade e investir em conhecimento profundo, podemos deixar para trás discursos vazios e construir uma cultura organizacional que valorize a verdadeira evolução.



Quem somos: Somos a mais completa agência de curadoria e gestão de conteúdo de palestras para eventos corporativos.


A primeira no segmento a se organizar fundamentada em suas competências essenciais: a descoberta e a reunião de conteúdo relevante, qualificado e inovador para atender a demanda cognitiva de empresas e organizações.


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Dani Arantes é Diretora de Atendimento da Connect.

É formada em Gestão Comercial pelo Senac, Pós Graduanda em Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas pela PUC e

Consultora em Responsabilidade Social Empresarial e Bem Estar Organizacional.

Possui certificação em Neurociência Aplicada ao Ambiente Corporativo, Gestão para o Desenvolvimento Humano e Gestão do Conhecimento e Inteligência Organizacional.

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